segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Góios - Tertúlia








A 10ª edição do projecto encerrou no passado dia 20 de Fevereiro. Contou com a presença de cerca de cinquenta pessoas, que foram brindadas com um conjunto de trabalhos muito apelativos.
As novas tecnologias foram postas ao serviço do projecto, e, pela primeira vez, algumas das nossas queridas histórias foram convertidas em filmes: “Ainda Nada?” deu origem a um excelente filme animado, onde o aproveitamento e recuperação de desperdícios foram os principais ingredientes, o que, além de ter proporcionado uma recriação da história, constituiu um meio de sensibilização para a problemática ambiental.
Famílias com histórias misturaram-se nas histórias com famílias, e o resultado foi mais uma produção vídeo de “A que sabe a Lua?” enriquecida com pormenores, retrato de alguns dos momentos de dinamização da leitura em família.
“Poemas pequeninos para meninas e meninos” (ou será “Poemas para meninas e meninos pequeninos”?), converteu-se em cineminha com direito a luz e banda sonora, onde foi evidente a participação e o entusiasmo de toda a família.
E já que tínhamos o computador ligado, aproveitámos para conhecer, em divertida apresentação power point, a história de uma menina que “queria ser bailarina”: uma mistura de sonho e de personagens dos vários livros, que deu ainda origem a um livro para colorir que foi distribuído a todas as crianças participantes, uma maneira interessante de prolongar o prazer da leitura.
Conhecemos ainda uma história paralela a “Ainda nada?”, resultado da aplicação da experiência da germinação associada à leitura.
Desligámos o computador, e foi a vez das dramatizações, cujo ponto alto consistiu numa entrada triunfal de CABEÇUDOS, transformados em Urso e Formigas. Foi um verdadeiro “encerrar em beleza”: a integração de elementos folclóricos da região (a família é de Viana do Castelo) provou uma autêntica apropriação do livro.
“A casa da poesia” e um animado momento de convívio completaram o serão, que deu, uma vez mais, provas, de que a leitura em família é um verdadeiro investimento. Bem hajam as famílias, e bem-haja a escola que, tão amavelmente, acolheu e acompanhou o projecto. .





sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Projecto em Fornelos









Está a decorrer desde o passado dia 20 de Janeiro a 11ª edição do “Lê para mim, que depois eu conto…” na EB1 de Igreja – Fornelos, Agrupamento de Escolas de António Feijó (Ponte de Lima).
Um grupo de doze famílias com filhos a frequentar desde o Jardim-de-Infância ao 1º e 2º anos de escolaridade tem vivido experiências de leitura singulares.
Felizes por reencontrarem autores da sua preferência, como é o caso de Luísa Ducla Soares, estas crianças apreciaram sobremaneira a obra “O Urso e a Formiga”, ficando “encantadas” com tão estranho bicho, o que levou, inclusivamente, a arrancar aos pais a promessa de o visitar no Jardim Zoológico. O pijama do urso e os sapatos das formigas foram eleitos como os acessórios preferidos dos meninos deste grupo, que concordaram, sem qualquer relutância, com a aplicação do plano da Formiga Rabiga.
O humor, o nonsense, a rima e a ilustração foram os aspectos mais valorizados nos livros de poesia, tendo as preferências recaído sobre a colectânea “Conto Estrelas em Ti”. As crianças do 1º CEB manifestaram até vontade de ler (autonomamente) estes textos, cuja sonoridade lhes agradava. A mãe do Vítor, que segundo a mesma “é um sonhador”, refere que “O Vítor repetiu toda a leitura da poesia”… No entanto, não foram as crianças as únicas tocadas pelo “bichinho” da poesia, pois estas obras “acordaram” a veia poética das mães e pais envolvidos, que, brincando com as palavras à volta do nome dos seus filhos, construíram rimas muito interessantes.
Vejamos, a título de exemplo:

“O meu filho é o João
É engraçado e brincalhão,
Usa muito a imaginação
Ouve histórias com atenção” (Lucília Silva, mãe do João)


“Hugo é o seu nome,
Quem o pôs sabe o que diz,
Eu só quero que o meu filho
No futuro seja feliz.

Venho aprender para a escola
Para poder ensinar
É tão bom vir aprender
E a minha infância recordar” (Fátima Gonçalves, mãe do Hugo)


“Conhecem a Beatriz?
Uma menina de pele branca
Com pintinhas no nariz,
Com ar meigo,
Ou talvez de santa…
Toda a gente se espanta,
Pois sabe bem o que diz!” (Elisabete Matos, mãe da Beatriz)

Daremos a conhecer as restantes rimas em tópico específico.

Voltemos às histórias: queijo, limão, algodão doce, bolacha e gelatina constam dos sabores da lua por estas bandas… Mas… ao João, a Lua saberia a FELICIDADE! É que os animais estavam tão felizes por terem conseguido chegar à lua (por isso é que dormiram tão juntinhos nessa noite), que a Lua não poderia ter outro sabor que não o da felicidade. Já a Luísa, que associou de imediato esta história ao “Nabo Gigante” (e que não entendeu para quê tanto trabalho por um nabo) não achou que valesse a pena tanto esforço para chegar à Lua… bem que os animais podiam ter canalizado as suas energias para outro fim… Bem, cada cabeça… sua “leitença” (leitura+sentença)…
Já o Maluquinho da Bola, deixou a Francisca muito preocupada… é que esta menina está prestes a ter um irmão… e não vá a mãe lembrar-se de ir ao futebol nesta altura…
Enfim… como nos é dado ver através deste pequeno retrato (pois as emoções das experiências de partilha que se vivem ao longo dos encontros não são passíveis de ser transcritas pela palavra), os livros de sempre… continuam a suscitar as mais variadas leituras e interpretações… No final de 11 edições, num total de 15 grupos, ainda sobram espaços em branco para continuar a preencher…
Até breve.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Chegamos à dezena!















Chegámos, com muito orgulho, à décima edição do Projecto “Lê para mim, que depois eu conto…”!

É a vez da EB1/JI de Góios, Agrupamento de Escolas de Marinhas – Esposende, e conta com a participação de nove famílias do pré-escolar e do 1º e 2º anos do 1º CEB.
Trata-se de mais um grupo muito interessante e interessado em partilhar as suas experiências de leitura em família, que, de acordo com os relatos, têm sido vividas com grande intensidade e enorme “gozo” à volta dos livros, que nos têm acompanhado ao longo das várias edições do projecto.
Assim, e depois de percorrer tantas famílias, o nosso livro “Ainda Nada?”, continua a surpreender: imaginem que o pássaro até tem o bico transformado em “lima de unhas” por isso é que conseguiu cortar a flor. E o bichinho que vai desaparecendo da história? É uma formiguinha que saiu do buraco que o Sr. Luís fez. Mas também pode ser uma aranha (e porque o nosso pequeno leitor não gosta das aranhas, esta até fugiu da história). E a água, porque é cor-de-rosa? E a semente, porque é verde? Não costumam ser!... Pois não, mas no mundo das histórias… podem ter a cor da nossa imaginação! Os nossos pequenos leitores não apreciaram a impaciência do Sr. Luís, daí que… ele tenha perdido a flor… Mas, com agradável surpresa, as nossas crianças descobriram que as páginas que não têm texto, também nos dizem coisas sobre a história (e, coisas que o Sr. Luís não sabe)!!!

Quanto à nossa Lua… em Góios, o chocolate é o rei dos sabores! Descobrimos uma menina tão gulosa, que, se fosse fada, transformava os tijolos em chocolate, e, se fosse pequenina, nadava numa taça de mousse de chocolate…
E não há dúvida que doçura traz ternura… pois os nossos heróis, se fossem fadas ou mágicos, aproveitavam tais poderes para ajudar os outros… Enfim… coisas da Literatura…

E, ao completar dez edições, alguém se lembrou de “avaliar” as histórias! (provavelmente, estava na altura). Não é que uma família resolveu atribuir estrelas às histórias, de acordo com as suas preferências? Registamos a ideia, e, quem sabe, ainda criamos o TOP de HISTÓRIAS?...

E poderíamos continuar, pois os livros constituem uma fonte inesgotável de leituras, que, “misturadas” com as vivências das famílias, vão alargando o nosso leque de saberes, de experiências e de visões do mundo.

Enquanto aguardamos, com grande expectativa, o momento da tertúlia, deixamos alguns registos do decorrer do projecto, de onde destacamos uma bonita colecção de velhinhas!!! Não estão um encanto?

Até breve.